Inteligência Artificial Generativa pode ser utilizada para o bem ou para o mal
Por Valdo Santos – Jornalista
O assunto do momento no mundo é o avanço da Inteligência Artificial Generativa (IA Generativa) que cresce de maneira assustadora. Estudiosos e especialistas da área discutem os pontos favoráveis e os contrários que podem modificar a rotina nas diversas atividades profissionais e de entretenimento dos indivíduos.
Em vários centros de estudos do planeta, pesquisadores e curiosos estão se aprofundando no assunto, no sentido de entender melhor como essa ferramenta pode modificar o dia a dia do ser humano. Cabe enfatizar que a IA Generativa traz na sua essência a complexidade de criar ou modificar atividades que antes eram realizadas somente por indivíduos. Desse modo, esse mecanismo tem como propósito criar ou modificar novos conteúdos, como, por exemplo, textos, imagens, músicas, áudios e vídeos.
Nesse aspecto, o artigo “Os riscos da IA Generativa para o problema da desinformação”, publicado pelo pesquisador João Ricardo Penteado, no site do Instituto de Estudos Avançados (IEA), da Universidade de São Paulo (USP), relata que “os vídeos falsos, ou deepfakes, que também se valem de técnicas de IA Generativa, constituem outra ameaça visível no radar, não obstante não terem, ao menos por ora, proporcionado a mesma escala de desinformação que as notícias falsas”.
Penteado ainda explica que “a disponibilidade de uma plêiade de aplicativos capazes de criar vídeos fictícios de ótima qualidade com os rostos de pessoas reais tem motivado receios em torno do uso desses aplicativos para operações de desinformação. A ideia da marca d’água nas imagens, aliás, deriva daí. É preciso salientar, porém, que se por um lado a IA pode ser utilizada para potencializar a desinformação na sociedade, por outro ela também pode ser empregada no enfrentamento do problema”, afirma o pesquisador.
A partir de agora, a IA Generativa poderá executar praticamente todas as tarefas que uma pessoa fazia sem precisar de ajuda de ninguém. Tudo isso, pode ser um grande problema criado pelo ser humano e que terá que ser resolvido imediatamente. Assim, já foram verificadas várias falhas nessa ferramenta contemporânea. Dessa maneira, foi comprovado por especialistas no assunto que o sistema pode substituir parte da inteligência humana, mas não conseguirá ser sensível, sentimental e tomar decisões de maneira ética.
Além disso, a articulista do portal Alura, Fernanda de Souza, em seu artigo “Ética e Inteligência Artificial (IA) para profissionais de tecnologia: navegando no mundo digital de forma responsável”, aponta que “um dos desafios é o viés algorítmico. Os sistemas de Inteligência Artificial são treinados com base em grandes conjuntos de dados, que podem refletir e ampliar os preconceitos existentes na sociedade. Se esses dados contiverem viés racial, de gênero ou outras formas de discriminação, os sistemas de IA podem dar continuidade e ampliar essas desigualdades”, enfatiza Souza.
Vale ressaltar que a IA Generativa pode ser útil para uma infinidade de tarefas. No entanto, tudo aquilo que exige sensibilidade, sentimento, emoção e decisões do que é ou não é ético essa ferramenta vem provando que não consegue superar os humanos. E, por enquanto, não consegue nem mesmo igualar a inteligência do homo sapiens.
Nesse contexto, o artigo “A IA não vai substituir seu trabalho, mas alguém com IA vai”, da especialista em marketing, Lucia Bittar, publicado no Meio&Mensagem, mostra que “a IA generativa é um diferencial muito relevante porque gera conteúdo novo, aproximando-se da inteligência humana. E digo que se aproxima porque, na minha visão, a inteligência humana é insuperável em muitas coisas. Mas é cada vez mais consolidada a opinião, com a qual compartilho, que estamos na era da IA, um cenário dinâmico que, de maneira contínua e inevitável, vai alterar todos os campos que envolvam o uso da inteligência”, argumenta Bittar.
Sendo assim, a IA Generativa pode ajudar em boa parte nas atividades humanas, mas tudo tem que ser rigorosamente controlado pelos próprios indivíduos para que esse mecanismo não se volte contra seu criador. É crucial que neste momento de incertezas sejam promovidos estudos e debates para tirar todas as dúvidas sobre essa nova tecnologia. É fundamental que todas as pessoas sejam orientadas sobre os prováveis efeitos benéficos ou maléficos causados pela IA Generativa.
Fontes: IEA-USP, Portal Alura, Meio&Mensagem
Ilustração: reprodução/Hardwere
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