Perseguição a Glenn por MPF atinge toda imprensa
Por Valdo Santos - Jornalista
A Organização das Nações Unidas (ONU) repudiou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Glenn Greenwald, jornalista do Intercept Brasil, nesta terça-feira, 21 de janeiro, por suposta invasão a celulares de autoridades, em parceria com outras pessoas acusadas de formação de quadrilha.
A ONU já se manifestou por meio do relator da organização, David Kaye, responsável por liberdade de expressão, afirmando que cobrará explicações do desgoverno Bolsonaro. O relator disse ao jornalista Jamil Chade, colunista do site UOL, que “dado o papel de Greenwald como um jornalista cobrindo o governo brasileiro e questões políticas, eu acho extremamente preocupante que isso possa fazer parte de um esforço para intimidá-lo para que pare de fazer jornalismo”, enfatizou Kaye.
‘ABAIXO A DITADURA’
O Partido dos Trabalhadores (PT) também refutou a denúncia do MPF contra o jornalista Glenn Greenward, nesta terça-feira, 21 de janeiro. A executiva nacional do PT se manifestou de maneira contundente, rechaçando esse tipo de atitude autoritária do Ministério Público Federal (MPF) contra o jornalista e editor do site Intercept Brasil, Glenn Greenwald.
“Repressão, censura, violência policial e judicial são os instrumentos que utilizam para implantar, à força, um programa econômico que arruína o país e destrói os direitos do povo, a começar pelo direito ao emprego”, afirmou o PT.
A executiva nacional da sigla ainda destaca que “a motivação é clara: vingar-se pelas reportagens que denunciaram os crimes da Lava Jato e confirmaram a parcialidade de Sergio Moro e seus procuradores, apontada ao Supremo Tribunal Federal pela defesa do ex-presidente Lula”, argumentou o partido.
LULA GANHA PRÊMIO
A Fundação Internacional de Direitos Humanos, com sede em Madrid, na Espanha, anunciou nesta terça-feira, 21 de janeiro, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será homenageado pela instituição, na edição de 2020 do ‘Prêmio Nicolás Salmerón de Direitos Humanos, na categoria de liberdade.
A instituição espanhola justifica a concessão do prêmio ao líder petista, alegando que “em seu tempo como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu colocar três refeições diárias sobre a mesa de milhões de casas – tudo em tempo recorde sem precedentes na história do mundo – pelos mais ousados programa de emprego e segurança alimentar, com o resultado da remoção de cerca de 30 milhões de seres humanos da pobreza”, argumentou a entidade.
A Fundação ainda enfatiza que as ilegalidades cometidas contra o ex-presidente Lula, também foram práticas prejudiciais para todo país. “Sua prisão arbitrária não apenas tentou contra sua reputação e liberdade pessoal, mas também contra a ordem constitucional e o progresso social do Brasil, não ‘apesar de’ tais realizações, mas ‘por causa de’ alcançá-las”, declarou o júri da instituição.
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Fotos: reprodução da internet
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