Escândalo na Secom do desgoverno Bolsonaro
Por Valdo Santos - Jornalista
A Folha de São Paulo denunciou em reportagem publicada nesta quarta-feira, 15 de janeiro, que o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil (Secom), Fabio Wajngarten, é sócio de uma empresa de publicidade que atende o governo federal. A reportagem revela que, por meio de sua empresa, o secretário bolsonarista recebe propinas de emissoras e de agências de publicidade, contratadas pelo desgoverno Bolsonaro.
A Secretaria é o órgão responsável pela distribuição de verba de propaganda do governo federal. Só em 2019, a Secom distribuiu R$ 197 milhões para companhas da administração bolsonarista em veículos de comunicação.
Conforme apurou a reportagem, “Fabio é sócio da FW Comunicação e Marketing, sendo que ele tem 95% das cotas da empresa. A FW oferece serviço de controle de concorrência e checking e também faz estudos de mídia”. A Folha ainda enfatiza que a agência de publicidade de Fabio Wajngarten “tem contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record”.
BOLSONARO FUJÃO
Bolsonaro ‘caiu fora’ de entrevista quando foi perguntado a ele sobre o escândalo na Secom. O Jair Bolsonaro fujão abandonou uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, 15 de janeiro, ao ser indagado sobre as denúncias de corrupção, com suspeitas de envolvimento do chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten.
Ao ser interrogado pelos jornalistas sobre o escândalo envolvendo o responsável pela Secom, por possível recebimento de dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade, contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo federal, Jair Bolsonaro respondeu: “Gente, acabou a entrevista”.
FILAS NO INSS
Bolsonaro é severamente criticado por ter aumentado filas no INSS. Nesta quarta-feira, 15 de janeiro, o desgoverno Bolsonaro foi ridicularizado por políticos e sindicalistas por ter anunciado a contratação de cerca de 7 mil militares da reserva para tentar diminuir as filas de atendimento do INSS.
Logo após o anúncio da medida, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) se manifestou contrária à decisão tomada pelo desgoverno Bolsonaro, que prevê a contração de militares da reserva para assumir esses postos de trabalho no Instituto.
Da mesma forma, lideranças políticas também já questionaram a medida precipitada do desgoverno, como resume o deputado federal do Partido dos Trabalhadores, Paulo Pimenta: “Bolsonaro ressuscitou as filas enormes do INSS, fenômeno da era Sarney-Collor-Itamar-FHC, que foi extinto pelo Lula. Não bastava ser enrolado até o pescoço com o crime organizado das milícias, submisso aos EUA e refém do mercado financeiro. É também incompetente e irresponsável”, relatou o líder do PT na Câmara.
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Fotos: reprodução da internet
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