Regime de escravidão: 17 trabalhadores são libertados de fazendas em MS
Por Valdo Santos - Jornalista
Agentes do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Superintendência Regional do Trabalho e Polícia Militar Ambiental libertaram 17 trabalhadores que executavam atividades em regime de escravidão, produzindo carvão vegetal e construção de cercas e casas, entre os dias 2 e 6 de dezembro, em propriedades rurais em Bela Vista, Caracol e Porto Murtinho, municípios do interior de Mato Grosso do Sul.
Em
Porto Murtinho, a fiscalização encontrou trabalhadores que estavam
alojados em barracos improvisados, sem energia elétrica, e
utilizando o próprio chão batido que servia de cama para dormir. A
falta de condições adequadas obrigava esses trabalhadores a
consumir água sem tratamento, sendo que as necessidades fisiológicas
eram feitas no mato.
A
fiscalização também encontrou no município de Caracol, um
trabalhador que estava há dois meses em uma dessas fazendas
vistoriadas e que nesse período recebeu menos de R$ 500 de salário.
Da mesma maneira, conforme o MPT, em outra propriedade rural
localizada nas proximidades de Bela Vista, a produção de carvão
apresentava graves irregularidades trabalhistas e descumprimento de
regras ambientais por parte do proprietário.
Conforme
levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o
trabalho escravo contemporâneo é uma atividade forçada que provoca
limitações à liberdade do trabalhador. Além de ser obrigado a
trabalhar, muitas vezes ele não recebe pagamento pelo serviço
prestado. Ou quando recebe, esse pagamento é irrisório e ele não
consegue suprir suas necessidades básicas.
Apesar
do ‘sistema judiciário capitalista mundial’ alegar que é contra
esse tipo de ilegalidade, infelizmente ainda exite trabalho escravo
em várias partes do planeta. Carga horária de trabalho em excesso,
trabalho doméstico forçado, prestação de serviço por pagamento
de dívida são alguns dos tantos exemplos constatados,
principalmente em países subdesenvolvidos.
Em
protocolo criado pela OIT, a entidade enfatiza que neste momento é
de suma importância estimular um esforço coordenado entre os
governos democráticos e os ativistas que lutam pela causa em todo
mundo, no sentido de contribuir para acabar com o trabalho escravo
contemporâneo.
Vale
ressaltar, que todo tipo de trabalho escravo e todas as práticas
ilegais trabalhistas devem ser denunciados nos órgãos responsáveis
para que eles tomem providências. Assim, é possível fazer
denúncias por meio do telefone 158, antigo Ministério do Trabalho e
Emprego, atual Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, ou
pela internet, no site da instituição: http://trabalho.gov.br.
Também é possível denunciar ilegalidades trabalhistas, na própria
página do Ministério Público do Trabalho, na internet:
https://mpt.mp.br.
Fontes: CUT e MPT
Foto: Ascom/MPT-BA (reprodução da internet)
Legenda: Operação resgata 19 pessoas mantidas como escravos em fazenda na Bahia
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